sábado, 17 de dezembro de 2011

A titulo de informação


Eu te amo não é promessa. 
Eu te amo não é sinônimo de 'estarei aqui pra sempre'. 

Quando alguém diz que ama, está querendo dizer, na verdade, que ama aquela situação como um todo e que ama você, naquele instante. E não é necessariamente uma mentira. Quer dizer, ela vai guardar aquelas lembranças com muito carinho, talvez mesmo pra sempre. Mas - veja bem -   ninguém pode prometer que estará pra sempre com você. Isso sim seria uma mentira horrível.

Parem de fazer do 'eu te amo' o novo 'seremos felizes para sempre'. 
Parem de banalizá-lo com suas falsas esperanças. 
Amor vai muito além de estar ao lado. 

Amar é ter a pessoa pra sempre em seus pensamentos e estar feliz de um dia ter compartilhado aquelas lembranças com aquela pessoa. E mesmo que nunca mais se possa estar por perto novamente, a maior prova de amor que alguém pode dar é abrir mão de estar ao lado, pra ver a pessoa feliz em outros lugares, com outras pessoas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sendo breve, suave e essencia do eu


Há uma leveza estranha morando em mim. Dessa que só se adquire quando se tem tempo suficiente pra amar e dar atenção a pessoa mais importante do mundo: você mesmo. Então, eu feito tudo aquilo que mais amo.

Lido mil livros ao mesmo tempo e amando todos eles, dormindo realmente tarde conversando com quem amo e acordando realmente cedo pra tomar café vendo o dia nascer e as abelhas tomarem café da manhã ao meu lado, pra no dia seguinte dormir cedo e acordar realmente tarde. Dado risadas enormes de coisas pequenas. Dançado com os meus cachorros, como de costume. Conversado mais com meu pai, e sem brigar o que é realmente uma vitória. Comido porcarias, bem como comida de verdade. Revendo meus amigos, esperando o tempo certo de ver os outros.

Em todo caso, toda aquela dor do ultimo termino vem sendo substituído pela felicidade mais pura que não vem simplesmente por outro preenchendo o coração, mas preenchendo-me comigo mesma.

Minha solidão era decididamente falta-de-mim.

Um texto rápido só pra não passar dezembro em branco por aqui.
Não acredito nem comemoro natal e ano novo,
mas desejo boas festas pra vocês, seus lindos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Te encontrando pra me perder


Seguia perdido dentro de ti enquanto me perdia em mim, assim vivendo cada um ao seu modo solitário-dentro-de-si. Mas, como sabemos, te encontrei. Tu diz que por destino, eu acho que é algo maior. Sorrateiro e ágil, me arrastanto pra ti cada vez mais: uma reunião peculiar de tudo que eu amo - até teu nome, anjo, é o meu nome preferido.

Moldados na mesma forma de gostos, de manias, de preferencias e de defeitos. Instantâneo esse nós - porque os melhores amores são assim.

E eu sigo destruindo meu esmalte recém pintado que é pra não provar mais uma vez da avelã dos teus olhos, que é pra não precisar encarar que gosto de ti - e como gosto, que é pra não precisar pensar que posso te perder. 

Então deixa teus ombros caírem assim indefesos e ri como se tudo fosse ficar bem, amor. Diz pra minha insegurança adquirida nesse domingo preguiçoso (desses que te peço vir aqui pra fingir ser só meu), diz que isso tudo aqui não é só fingimento. Deixa eu te fazer se perder entre os meus dedos, enquanto teu coração se torna o meu. 

Pra então te prender entre meus joelhos e fazer esse drama cruel que te fazer ir com o coração pesado e forçar a voltar pra buscar o alívio que fica sempre em alguma parte dos nossos lábios sedentos de mais-do-outro.  

Sem rótulos, sem pressão, sem nada. 
Só nós fingindo que não há mais nada além de nós.

Vem com teu abraço que do resto o acaso cuida. Só faz isso rápido que minha cama cheira ao teu corpo no meu, cheira a tua ausência e sinto afogar nos lençóis quando penso que o horizonte pode não ser nós. 

Mil e uma teorias loucas discutidas à rigor pra ganhar tempo de pensar em modos de ti fazer só meu e ser então plenamente tua. 

domingo, 6 de novembro de 2011

Isso não é um adeus


Querido R.P.,

Nesse momento, escorpião, eu queria um jeito de ti proteger de mim. Te prender no meu abraço e dizer que não vai doer, que vou te fazer sorrir de novo igual da primeira vez e todas as outras, mas seria muita hipocrisia. Sempre fui sincera e permaneço assim. 

Mesmo que seja difícil de entender agora, eu também acreditava em nós. Mesmo. Cheguei quase a querer mesmo que o que eu sentia se multiplicasse por mil só pra chegar perto do que você sentia por mim. Mas, nós sabemos que isso é só natural. E do natural eu não tenho controle - por mais que tente controlar todas as coisas.

Não, isso não é um pedido de desculpas, nem de perdão, muito menos uma tentativa de explicar: isso soaria como um adeus e não é essa a intenção. Isso aqui é só pra te dizer que eu também queria, mas não dependia só de mim. E eu sei que é covarde te pedir pra entender por outros meios que não sejam minhas palavras nos teus olhos, mas é que eu não sou tão forte assim - sou tão covarde e fraca como qualquer outro, agora sem as armaduras que eu tirei pra te abraçar. 

Você colou alguns pedaços de mim e serei sempre grata por isso. Arrancou-me risos e cuidou como quase ninguém fez. Acredite, não vou esquecer. Só que algumas partes só ele vai conseguir colar, alguns risos só ele vai conseguir me arrancar. Talvez eu me arrependa, eu quebre a cara por seguir por aqui, longe de ti e da tua proteção, mas eu preciso pagar pra ver. Você sempre soube, eu faço meus caminhos do meu jeito torto - e foi numa dessa encruzilhadas que eu te encontrei, é numa delas que eu vou me perde de ti também. 

O problema não é você, sou eu que não soube te sentir como deveria. Só espero que o que foi bonito em nós permaneça. Nós realmente somos bons juntos, só não do jeito que estavamos tentando. 

Te cuida, escorpião, já que eu não posso mais fazer isso.
Não vaga pelo deserto sozinho que as tempestades de areia e as doces visões enganam a gente.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Super ação, superação II


Hoje teu cheiro de roupa lavada, pele quente e cafeína tomou carona nessa brisa só pra me dizer que não vai ser tão fácil assim viver sem ti sentir. Parei de respirar por uns instantes até ela passar, então. Sinceramente, nem tenho mais pensado a respeito. Arrumei um veneno mais forte que tem servido de antídoto para o que não tem mais cura, razão ou existência.

Não vou correr o risco de quebrar novamente. Nas tuas mãos cruéis não deposito mais meus sentimentos. Tomei repudio de nós. Tomei repudio do que nossa união faz comigo. Tomei pra mim o único modo de não te querer mais aqui porque eu sei que dói.

Isso não significa que teu cheiro não ficou em mim, nem que eu ainda possa sentir os fios macios do teu cabelo entre os meus dedos ou o brilho medonho dos teus olhos verdes-cobra ou minha unhas ligando teus sinais com marcas vermelhas, significa só que, antes de dormir, ao invés de te desejar aqui, eu penso em qualquer coisa bela que não dói.

Poemizei a dor, o desprezo e o abandono. Escrevi meus sentimentos pra eternizar a idiota que sou, bem como pra aprender com ela. Diferente de ti, eu não quero mais ficar só. Cansei de ser eu-sozinha, anjo, cansei de ser nós e continuar sendo apenas eu-sozinha.

Agora eu vou atrás de algo belo que valha a pena.

Teu cheiro guardo junto com as outras lembranças no fundo do baú velho no sótão dos pensamentos, pra contar daqui uns anos à quem desejar ouvir. O brilho dos teus olhos já não me ilumina mais.

Notei, enfim, que por mais duro que seja sem ti, não é impossível.

Até um dia, até talvez, até quem sabe... ♪

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Suck it and see, You [and I] never know


Era o modo confortável com que os meus problemas se encaixavam na curva do pescoço dele que me fazia pensar que eles não era tão problemáticos assim. E a vodca e o vinho tinham me deixado tonta (ou era ele e eu só não queria admitir) enquanto o café do cheiro dele me fazia ter vontade de ter alguma caneta e papel pra eternizar aquilo do único modo que sei. 

Ele não parava de falar, o que me deixava ficar só olhando do jeito analítico que ele não gosta que eu faça, mas sinceramente que gosto porque me desafia a procurar algo nele que não agrade e pelo que percebi é fácil ver um milhão de coisas que me deixariam irritada, mas que agora não tem tanta importancia assim. 

Não quero que a sensibilidade do meu pescoço volte e prefiro pensar que aquela sensação de derretimento e arrepio em mim quando os lábios dele tocam a minha pele é só por causa do frio da madrugada, não pelo frio que agora mora dentro da minha barriga, congelando as borboletas de outrora.

Sinceramente estou apavorada porque tenho quase certeza que te quero aqui. 
E não quero que esse seja o motivo da tua fuga. 

Eu assusto as pessoas, já notou, escorpião? Mas, não te apavora. Eu fui feita pra partir teu coração, como te avisei notei passada, assim como tenho percebido que também fui feita para colá-lo junto com os pedaços do meu. Decidi misturar nós dois que é pra ver se um coração com duas partes distintas é menos quebrável. 

Notou minha rendição? Coloquei as armaduras de lado, me deixei beber teu veneno. Gostei. Gostei mais que da vodca, que do vinho. E cá te apresento meu eu mais puro, sem os murros que eu deixei de construir pra prestar atenção em ti.

E hoje eu senti vontade de te ter aqui, 
Assim como desisti de lutar pra que essa vontade passe. 


I poured my aching heart into a pop song
I couldn't get the hang of poetry
That's not a skirt girl
that's a sawn off shotgun
And I can only hope
you've got it aimed at me ♪

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

(Ele é de) Escorpião


Eu falei que te escreveria algo, R.P.

É que agora tudo aqui dentro de mim parece um grande deserto e eu preciso vestir essa armadura enferrujada e desconfortável enquanto construo novamente os murros de proteção contra as tempestades de areia que entram em meus olhos e não me permitem enchergar de verdade as coisas ao redor.

E eu encontrei um escorpião. Tenho deixado que ele viva por perto, aqui no ombro da minha armadura, sussurrando umas coisas bonitas que não escuto direito e me dão vontade de retirar o capacete pra ouvir melhor. Aí lembro que ele é um escorpião e mudo logo de idéia.

Sinceramente estou cansada de precisar vestir essa armadura enferrujada que já não me cabe todas as vezes que alguém me decepciona. Estou cansada de construir esses murros ao redor de mim pra me proteger de tudo.

Então me lembro do escorpião.

Ali, parado no meu ombro esperando que eu tire qualquer parte da armadura pra então atacar. Seduzindo-me com qualquer poema doce, com qualquer música suave. E tem sido assim, então: eu amenizo tua dor que é pra tu me distrair da minha, escorpiãozinho.

E quer saber? Talvez vista meu melhor sorriso suicida em breve. Talvez eu tire mesmo o capacete de metal, ou a luva enferrujada, e te deixe me dar alguma dose desse teu veneno. Mas, enquanto eu não o faço, fico aqui montando esses meus círculos de fogo e te colocando dentro deles comigo. E mesmo assim tu permaneces sem se suicidar.

Sabe, escorpião, eu tenho gostado todo dia mais da tua companhia e isso me apavora. Eu brinco com fogo, eu brinco com venenos, eu brinco com o teu querer. Escrevo essas metáforas pra não ser sincera e dizer que te quero, bem como dizer que também me apavora saber que eu quero outro veneno. Eu ainda nem me curei das outras doses daquele que vem me matando todo dia e já quero experimentar outro.

Então, enquanto eu não consigo tirar a armadura, continua sussurrando essas coisas doces e espera. Uma hora eu canso dos círculos de fogo. Uma hora eu canso de ser só e te deixo chamar isso que temos de Nós.


Tenho falado tanto de venenos que não me surpreende 
que sejas um escorpião a cura das minhas dores.

sábado, 24 de setembro de 2011

Meu Grito



Minhas palavras são espelho de mim. Do meu melhor e do meu pior. Melancólicas e leves, agressivas e doces, como a brisa que passa agora entre os seus dedos, seus dentes, seus cabelos. Aquilo que não fica, aquilo que não sabe ficar. Eu. Esse eu que nunca soube realmente o que quer, onde está, pra onde vai, o que deve dizer. Só sabe que em algum momento vai partir.

Tenho tentando descobrir afinal qual o meu melhor, embora meus defeitos tenha conturbado tudo. Aliás, acabei chegando a conclusão de que meus defeitos fazem parte do meu melhor. Nunca me permiti ser dramática, nem efusiva, nem qualquer coisa que não fosse próximo de tudo aquilo que eu admirei. E talvez, assim, eu moldei meu modo de ser, esquecendo de fato quem sou. Moldando-me para ser quem quero.

Não, eu não gosto de dramas, nem de escândalos, mas escrevo quase que como um grito. Talvez eu queira gritar, mas não consigo se não dessa forma. E eu assusto as pessoas assim, eu me assusto assim. Minhas palavras dão medo, são o reflexo da escuridão em mim e todo mundo sabe: ninguém gosta do escuro.

Escrever é, acima de tudo, desvendar a si mesmo. Lavar a alma com honestidade destrutiva. É ter coragem de encarar o que é há de pior em cada um e ver beleza nisso. Esse é o único modo com que eu consigo gritar, dramatizar, relaxar. Cada uma dessas palavras parecem intrisicamente ligadas a tudo que sou.

Talvez seja só isso mesmo: sou tudo aquilo que sinto, digo, penso e enfim, escrevo.

domingo, 18 de setembro de 2011

Tem faltado tudo


Tenho vivívo desse amor inútil. Bebido do veneno e me alimentado da esperança de um dia te ver bater a porta. Sobrevivendo das migalhas de carinho que coletei enquanto você estava aqui. Tudo parece profundamente distante agora e eu já nem sei mais se ainda sei te sentir. Só sei sentir essa saudade nojenta, essa vontade de ficar só-um-pouco-pra-não-te-atrapalhar.

Dançando esse refrão de bolero, minha única companhia são as unhas que já roi. Só esse amor que está se perdendo entre as minhas verdades. Me falta tempo, te falta tempo, falta cada vez mais aquele nós. Se bem que esse nós não tem lutado pra ficar por perto...

Talvez seja isso mesmo: eu esteja me apegando ao que nem existe mais só por medo de precisar seguir. É que eu nunca soube lidar com finais, você e todo mundo sabem. E eu fico aqui com a única coisa que restou de nós: a lembranças das risadas entre lençóis e a saudade de você completando meu eu ao seu modo torto, mas bonito.

Então, é isso que temos pra hoje.
Engulo sem respirar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Você deveria vir aqui


Eu queria um cigarro agora. Não, eu não fumo, mas deu vontade de ter algo nas mãos que não seja essa dor aguda de beber vinho com gosto de você, e comer essa comida congelada com gosto de queria-ele-aqui e pior: tomar sorvete batido com tudo que eu queria te dizer, mas não vou. 

E porque nenhuma dessas suas vontades estranhas é uma vontade de estar comigo? Tudo bem, entendo que teu ego nunca gostou muito de mim porque estou sempre procurando meios de devastá-lo, mas veja bem: o vilão de tudo isso não sou, mas sim esse maldito sentimento que insiste em não morrer, por mais terra, ódio e orgulho que eu coloque sobre ele. 

Eu só queria que alguma hora, assim sem saber exatamente porque, você batesse aqui na minha porta e perguntasse se podia ficar. Não me importava se ficar um ou dois minutos ou entrar de vez na minha vida, com alma e coração, basta dizer que por alguns segundos estava com saudades e queria minhas unhas descascadas alinhando os sinais das tuas costas e te provocando, mesmo sem conseguir te atingir como queria. 

Eu estava certa: nunca te quis nos meus lençóis pra não precisar sentir essa vontade de te ter aqui toda hora. E porque diabos eu deixei de me proteger de você se desde a primeira vez que os teus olhos verdes de cobra estavam me levando exatamente para onde eu tinha mais medo? 

Já cansei de te procurar em outros lugares e já nem me importo com o quão nós dois não daríamos certo: a única coisa que sinceramente queria agora era que você estivesse aqui. Trás teu sorriso de covas fundas, teus olhos que mal se abrem (ou isso é a tua alma?) e vem. Só vem. Sei que (essa e aquelas) minhas palavras fortes demais te dão medo, mas você sabe que meu abraço é confortável, especialmente entre os teus braços onde por algum momento eu me sinto passageiramente feliz e protegida. 

O veneno que eu bebi dos teus lábios tem tentado me matar todos os dias. 
Preciso de outra dose, só mais uma, pra morrer enfim.


Você está sempre indo e vindo (tudo bem),
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione, eu estaria de pé, de queixo erguido.
[...] Eu não ficaria bem na sua estante. ♪

Eu estou aqui o tempo todo só você não vê.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

É mais fácil fingir


Difícil não é ter ver partir, mas mergulhar no mar de lençóis sem achar teus dedos, teus braços e teu sorriso sarcástico de quem não dá o braço a torcer. Difícil é não ter tua respiração na minha nuca e não desejar um beijo teu.

E eu finjo que não ligo enquanto você finge não se importar. E faço piadas sobre aquilo que eu sequer acho de ti só pra ver teus olhos gritando que sabem que não penso exatamente assim. Te provocar é meu hobby preferido. Atiçam minhas vontades, meus desejos de você.

Te vejo invadir minhas lembranças, vontades, desejos, casa, cama; mas não sei se quero te deixar encontrar meu coração. Ele anda tão confuso, triste e desesperado que outra ferida parece ser o ultimato. Eu não vou te deixar me magoar, apesar de também não esperar isso.

Eu te escrevi um texto e você sequer vai saber disso. Aliás, nem te deixei saber, mas eu escrevo sobre tudo aquilo que me toca, move, inspira. É melhor assim: deixar os sentimentos guardados enquanto nós nos divertimos com qualquer banalidade que não causa dor.

Até segunda ordem, prefiro fingir que não te quero aqui.
Proteger minha zona de conforto enquanto te deixo invadir meus sonhos.

domingo, 14 de agosto de 2011

Tenha dias felizes, papai

A verdade é que ainda espero todas as noites que você venha me livrar dos (meus) monstros, que os nossos raros sorrisos apareçam quando você acelera muito e o vento bate entre os meus cabelos e dentes e que de alguma forma você entenda que mesmo sendo essa completa estranha, eu te amo com o máximo que meu orgulho, mágoa e desencanto permitem.

Enquanto essa lágrimas escorrem, sempre penso na sua raiva me dizendo que pessoas fortes não choram pelos olhos. Entendi que elas choram pela alma. Acredite, papai, eu sou muito forte e a minha alma chora todos os dias. E aprendi todos os seus defeitos porque eles também são os meus, e especialmente, aprendi que apesar de tudo, você tentou ser o melhor pai do mundo, mesmo sem saber de fato como se fazia isso.

Não foi um esforço em vão, acredite.

E quando me calo nas nossas brigas ou quando me esquivo das nossas conversas, é simplesmente pra preservar esse sentimento guardado a sete cadeados que ainda me permite te respeitar, obedecer e admirar. E todos os meus esforços são pra te mostrar que eu posso ser maior do que tudo que você sonhou pra mim.

E mesmo que você nunca leia isso, só queria dizer que te amo (apesar de agora ser dificil pra nós dois acreditarmos nisso), e que ainda espero que você me livre desses monstros, porque você nunca deixou de ser meu herói, apesar de sempre parecer o vilão.


- Pai, o senhor pode acender a luz? A noite os monstros são maiores e eu não sou tão forte assim quando estou sozinha...

Eu sei que você não sabe dançar, 
E que não gosta de nada que eu costumo escutar, 
Mas, Playing with fire te diria tantas coisas 
que eu não sei dizer enquanto não me permito olhar nos teus olhos... 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um Lugar pra chamar de meu, pra chamar de lar


Não gosto nem de olhar pra minha mala num canto - ela sempe parece me dizer que é uma hora ou outra, será a hora de partir. É sempre assim. E eu que nunca consegui me prender a (quase) nada, de repente via minha alma gritando por algum lugar que fosse meu, que eu não precisa deixar como todos os outros que deixei.

Onde estou não parece ser esse lugar.
Porque, apesar de conter tudo que sempre quis, nada aqui me atrai de verdade.
Como ter tudo que sempre desejou e descobrir que não quer mais nada daquilo.

Estou começando a cansar dessa vida de ser uma eterna turista, de ser efêmera, passageira em uma ou outra vida, cidade, lugar, estação. Comecei a desejar estar num lugar e me sentir pertencente a ele. Mas, acho que já é tarde demais, porque as luzes difusas da noite estão se acendendo e uma gota nojenta de suor escorre por trás dos meus cabelos, enquanto eu desejo outra coisa. Qualquer coisa, desde que faça parecer ser minha. Ser eu.

Tenho saudades daquilo que nunca conheci.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

(Outro) Ponto Final

Dedicado à L.C.F.N.,
pela decepção inspiradora.

Não, meu anjo, eu não estou magoada contigo.

Estou mesmo é decepcionada comigo por ter me deixado perder tempo, saliva e sentimento com quem abri mão tão fácil em nome de dá satisfação ao mundo daquilo que não têm - nem terá, perdendo assim aquilo que era seu.

Porque, meu anjo, acredite, meu amor era seu.
Era.

E não me venha falar sobre como meu amor pode passar tão rápido. Se você me amasse, você estaria aqui comigo, não aí desse lado me colocando de fora daquilo que eu chamava de nosso futuro. Continuarei sendo sua amiga (isso de amigos dói em você tanto quanto em mim?), como o prometido, mas isso não diminui a dor que é precisar colocar um ponto final em nós.

Eu sinceramente acreditava em nós.

E o que mais me irrita é precisar usar todos esses parágrafos, e todos esses verbos, e todas essas verdades no passado, fingindo que não te quero aqui, que não te amo e que não ligo, porque assim fingindo não me importar, me enganando nesse não-querer, a dor não parece tão viva.

Este não é o primeiro ponto final e certamente não será o último, mas eu estou cansada de precisar começar novos parágrafos, e novos sentimentos, e novas histórias que sempre acabam assim: comigo jogada em qualquer canto desse quarto, olhando pra qualquer lugar, ouvindo qualquer coisa e me sentindo sempre sozinha. Sempre tão sozinha.

Por quantos finais meu coração ainda vai precisar passar até entender que no final seremos só nós dois? Eu estou farta de precisar ser forte.




O que me dá raiva não é o que você fez de errado,
nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado, [...]
 O que me dá raiva [...] é o que eu tinha sonhado pra nós.

domingo, 3 de julho de 2011

Quase Quasimodo

Meço força pelo caráter, não pelos músculos. E nisso eu sou quase jure de fisiculturismo. Sinceramente: não me importa como alguém aparenta, se por dentro há uma beleza incomensurável de leveza, ternura e carisma.

As pessoas mais bonitas não te arrancam suspiros, arrancam sorrisos. Podem nem encher seus olhos, mas matam a fome do seu coração. E eu me apaixono por sorrisos, por olhos e por palavras, não por simetrias externas que deformam a alma.

Enquanto todo mundo olha pro todo, procuro ver aquilo que se esconde, que se fecha em si, que é detalhe. E de algumas pessoas eu mal lembro o tamanho do nariz, mas sei descrever toda a alma.

Nem sei, mas essa mania de querer ver poesia em tudo faz bem pra vida da gente.
Faz querer viver.
Faz ver o que realmente precisa ser visto.

Torna suave, aquilo que seria só confusão.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não me olha assim (que passado é questão de ponto de vista)

Eu desci do salto do meu orgulho pra olhar nos teus olhos. Desce do teu também? Não precisa ser assim. Eu sei que você também sente falta. Eu sei que se lembra de nós. 


Eu acho que desvendei aquele olho brilhante que me tirou a alegria, o sono, a calma, a vontade de te odiar. Cadê aquele espelho do meu eu que eu tanto amei? Escondeu-se novamente nos murros de pedra-sabão?

Não adianta: eu conheço todos os teus segredos, medos, vontades e esconderijos. Ignorar o passado não faz curar a ferida. É preciso bater de frente ao murro e ir até onde você puder dizer: acabou. 

Eu ainda tinha uma lágrima - somente uma - nos olhos por você. Ela se foi.
Isso é um adeus ou um novo horizonte?

Faz valer aquela música 
e deixa o caramelo acabar na boca de uma dama louca.
Dissolver nós dois em algo novo. 

sábado, 18 de junho de 2011

Sobre corações e correntes e como é bom estar de volta

Meu coração, levo preso numa corrente ao pescoço que é pra ele não causa mais tanto dano. Uma pena que assim, exposto e vulnerável, seja mais fácil roubá-lo. Porque, veja bem: quando seu corpo é envolto por braços queridos (ou não), o coração vai estar sempre no meio do abraço. E eu até tentei, mas acabei percebendo que é impossível não por sentimentos nas coisas.

Aquele muro que demorei anos construíndo finalmente ruíu por completo. E aqui estou eu, plena de que não sei quem sou, mas gostando de precisar descobrir. Voltando a gostar de mim. E ontem dormir abraçando minha cintura e sorrindo: eu não poderia estar em melhor companhia.

Porque quando eu estou de bem comigo, as coisas automaticamente tomam seu lugar. Parece que as águas do meu rio cristalino finalmente se acalmaram e voltaram à quietude. Adeus crise existencial, eu voltei a me amar e o mundo também, afinal, meu mundo sou eu.

Eu senti minha falta.
É bom estar de volta.

Desculpa se mais uma vez não fiz muito sentido,
é que eu descobri que eu não faço mesmo sentido algum.

Inspiração pra essas palavras: aqui

domingo, 12 de junho de 2011

Feliz dia dos namorados pra quem?

E você tenta se convencer que é só mais um data boba e comercial. Se enche daqueles chichês de sou-bem-resolvida-não-preciso-disso ou fico-melhor-sozinha. Tenta negar. Tentar não pensar nisso. Tenta se destrair com qualquer coisa interessante. Xinga, come, escuta músicas depressivas, pensar em todos os exs e (porque não?) chora.

Porque, lá no fundo você sente falta de ter um amor. Não necessariamente um passado, mas um que dê certo. Porque em dias como esse, a vontade cresce mais do que o controlável. Parece que esse clima cor-de-rosa no ar é quase veneno inalável.

Você só esquece de lembrar que, assim como fantasiam essa data, quando você acordar, não vai haver café da manhã na cama, nem presentes enormes, nem muito amor de braços abertos esperando por você. Isso é coisa de filme. E do que adianta ter um dia regado disso, se em quase todos os outros vão haver discussões, brigas, desentendimentos. Tudo isso soa falso demais pra mim. O amor tem que ser celebrado todos os dias, não só numa data marcada. Ou é assim, ou é simplesmente falsidade.

Quem você conhece que tem um namoro de comédia romântica?
Quem será feliz pra sempre?
Quem tem tudo aquilo que nós queremos no dia de hoje?
Feliz dias dos namorados pra QUEM?

Feliz daquele que não depende de ninguém pra sorrir.
Esse sim tem o dia dos namorados todos os dias.

Um pouco mais de amor próprio, por favor.
Parem de sofrer pelo que não existe.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lira da manhã nublada

É dessas epifanias que sobrevive minha literatura. Desse medo de perder; Dessa vontade de mudar o mundo; Dessa mania de tomar café ao meio dia. Das pequenas coisas que não tem o menor valor pra todo mundo, mas que mudam o meu mundo.

Desse meu eu estranho. Sarcástica, chata, multipolar e uma péssima piadista. Sensível demais pra coisas que importam, meio travada nisso de declarações de amor. Mas, afinal, o que vocês esperavam de mim? Fui criada pelo sobreviventes da ditadura e da II guerra mundial, eu não podia ser boa, mas isso nunca me impediu de tentar.

Nem sei, não sou muito fã de escrever sobre amores que dão certo. A maioria deles não dá. Me sinto quase iludindo meu leitor... Gosto de escrever sobre aquilo que não dá certo, mas que dá aquelas lembranças boas pra guardar pra sempre.

É triste dizer, mas se você não entender que o amor não é pra ser entendido, então nenhum dos seus relacionamentos dará certo. Assim como todas as coisas na vida, pra amar também é preciso talento. As vezes, chego a pensar que não se pode ensinar alguém a amar do jeito certo, é uma coisa que nasce com a gente.

Ou você sabe amar, ou você não será amado como quer.
Mas, isso não te impede de tentar.

Não é o mundo que precisa mudar, é o pensamento medíocre dessa sociedade. Ela precisa de uma injeção de amor direto na jugular. Mas, não desse amor-devastação, desse amor-ciúmes-possessivo, disso que vocês chamam de amor e eu chamo de doença, de nojo, de descarte.

Sabe aquela sensação de abraço apertado? Sabe aquele aconchego e aquele calor? Isso é amor. Sabe aquela risada incontrolável de uma besteira? Sabe quando você vê alguém sorri e sente vontade de sorrir também? Isso é amor.

O Amor está por toda parte e ele é bem simples, na verdade.
O ser humano é que complica, é que nomeia de amor aquilo que é lixo.

Mas, esse são só alguns parágrafos que vem quando o dia amanhece nublado e eu escuto algo melancólico. Só coisas que ninguém está afim de ler agora, porque está ocupado demais em procurar o amor no lugar errado.






"Que fique muito mal explicado. 
Não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado."
- Mario Quintana

terça-feira, 7 de junho de 2011

Enfim, 18. Que seja doce.

Suspeito que seja eu. É, eu e todos esse esteriótipos de preferências que criei como forma de me defender de tudo aquilo que não é conveniente, que não agrada, que não me deixa no nível ou por cima daquilo que gosto ser. Porque, veja bem, eu já encontrei um montão de pessoas incríveis e mesmo assim continuo só.

Nem sei, as vezes tenho a impressão que todo mundo sofre das mesmas coisas, alguns calados, outros gritando e tomando porres e outros, como eu, escrevem. Sempre achei o escrever a forma mais bonita de se superar uma dor. Mas, de fato, tudo mundo reclama das mesmas coisas e nunca faz nada a respeito.

Isso sinceramente me irrita muito.

A verdade é que fazer dezoito anos está mexendo comigo. Estou escrevendo coisas desconexas, incoerentes e sem contexto, só porque escrever é o único modo em que eu consigo organizar alguns pensamentos - ou seriam tempestades?

E por mais que eu tente enganar o mundo, dentro de mim uma voz grita a verdade.
E dessa voz eu sinceramente não posso fujir.
Eu não estou preparada pra crescer.
Eu não QUERO crescer.

Porque, pelo que eu tenho visto, lido e sentido, crescer significa perder.  Perder a inocência, a ignorancia, as crenças, as esperanças. Significa que o mundo agora espera que você se adeque a ele. E eu sinceramente não quero me adequar nesse mundo de pessoas grandes, futeis, mesquinhas e suas infinitas coisas-importantes-que-na-verdade-só-importam-ao-egoismo-humano.

E eu gosto de desenhos, de comer doces até doer a barriga e de rir alto de uma bobagem. De olhar as nuvens, de abraços bem apertados e de me sentir protegida - de proteger quem eu amo também. Eu danço com os meus cachorros quando ninguém esta vendo, faço amizades com crianças na velocidade dos ventos de um tornado, choro quando vejos catastrofes. E eu sinceramente não quero perder nada disso só porque esperam que eu cresça.

Desculpa força que conspira o universo, mas
Enquanto eu puder, me recuso a deixar de ser criança.

Tudo que eu quero agora é que esses próximos dias sejam doces.
Que os 18 tenha cara de 5, não de 40.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Por amor a Nostalgia

A idéia é só fechar a janela, mas eu sempre me deixo respirar um pouco da madrugada. As vezes eu apoio dolorosamente os cotovelos no parapeito, outras me sento ali e fico só mais um pouquinho observando minha planta feiosa e aquelas cinco estrelas - é, só cinco - que estão sempre ali, do lado direito. Não dá pra ver a lua antes das três da manhã. Não dali, pelo menos.

Há sempre música vinda de algum lugar do meu quarto.

E inevitavelmente penso nele. É, aquela ex-paixão que sentava comigo em qualquer lugar - sempre de madrugada - e fazia-me sentir a pessoa mais especial do mundo, só por ter alguém pra dividir a madrugada comigo.

Claro que eu ainda não esqueci.
Se um dia você descobrir como se deixa de amar, me avise.

Mas, não, ao contrário do que a maioria dos meus amigos deve pensar, eu não continuo apaixonada por ele. Não, isso já se foi faz um bom tempo. Às vezes me deparo perguntando se ainda sinto algum sentimento - amor, raiva, pena, qualquer um - por ele. Nunca achei uma resposta. Acho que não alimento mais nada sobre aquele amor. Nada, além dessas lembranças, é claro.

Eu continuo apaixonada pelas boas lembranças que - é, eu sei, eu sei - não vão voltar. Eu sinceramente gosto das lembranças. Não de todas, é claro, mas guardei umas realmente boas. E inevitavelmente, eu sempre associo madrugada aquela sensação de me sentir amada por ele; ao modo como eu me sentia quando ele me abraçava; ao meu riso cortando o silêncio; dele, só alguns vultos, nada demais.

Eu sinto saudades mesmo era de me sentir como eu me sentia naquelas madrugadas.
Saudades não, eu quero aquelas sensações novamente.

Só que dessa vez, eu vou fazer as coisas darem certo; Dessa vez, eu vou fazer com a pessoa incerta. Porque, é, ele não tinha nenhum defeito como a pessoa perfeita pra mim e foi exatamente por isso que não deu. Porque eu não estou procurando a pessoa certa.

Estou procurando a pessoa errada.
A pessoa errada daqueles versos tortos de Veríssimo.
Porque, pensando bem, é, olhando assim com vontade, a pessoa certa não existe.

E enquanto minha pessoa errada não chega, eu vou continuar me deixando respirar madrugadas, e sentimentos, e erros, e vontades, e toques que nunca mais serão meus, mas estarão pra sempre comigo.

domingo, 29 de maio de 2011

Outro Erro pra Coleção

E quando você vê as coisas já foram feitas e só resta catar pelo chão os restos da sua dignidade e encarar seus erros de frente, de peito, com coragem. Encarar que não existe máquina do tempo, nem reversor de bobagens e muito menos alguém pra te defender agora, exceto você mesmo.

Não sei você, mas eu costumo procurar sempre um jeito de ser a dona da razão. De fazer meu erro não parecer tão grave assim, de tentar convencer todo mundo que aquilo não é assim tão mal. Mas, na verdade, eu estou só tentando provar pra mim mesma que aquilo não é assim tão mal.

Porque eu me sinto confortável dentro do meu perfeccionismo, percebi à algumas horas. Apesar de isso me matar um pouco à todo instante, eu gosto. Chame de masoquismo, não importa, é como eu me sinto, ponto final. Eu gosto de me ter sob meu próprio controle.

E o mais importante sobre errar, é que quando você erra feio de verdade, de repente todos os outros erros também ficam claros e em meio à toda a auto-depreciação, você acaba vendo mais claramente as coisas e dando um jeito em toda aquela bagunça. Seja porque querer remediar o irremediável ou porque é isso que se deve fazer, ou porque assim as coisas não parecia tão ruins.

Sinceramente, todo esse otimismo recém-adquirido tem me feito bem. Ajuda a ver as coisas com um tanto mais de clareza. Nunca me senti tão não-plena de mim, mas enquanto eu não sei exatamente quem sou, eu posso ir inventando, posso ir errando, posso ir aprendendo. Viver é isso, certo?

Eu nunca quis voltar no tempo.
Eu nunca me arrependo do que fiz.
E eu sinceramente estou mentindo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sobre o Veneno

Então, forasteiro, senta aqui comigo e minha amiga solidão.
Faz companhia que a dela não me adianta mais.

Venha nesse bar pela manhã e pedirei gentilmente ao garçom que nos traga outra dose desse veneno que chamam de vida. Desse veneno que tomamos todos os dias, apesar de não saber. Vire o copo num gole só. É, igual a gente faz com remédio. Sem respirar que é pra não sentir o gosto. Só reclame quando não puder mais aguentar. É, eu sei, o gosto não é bom, mas só leva uns segundos pra passar pela garganta. Dizem que à um gosto de mel no final de todo fel. É só uma letra, afinal.

Então, garçon amigo, tragam o sol e outra dose desse veneno, por favor, porque até agora nenhuma delas me matou e haverá sempre um gosto acre no fundo da garganta de quem vêm beleza onde só existe nojo. Por que o pior, amigo, o pior é que nenhum de nós sabe quantas doses se precisa tomar até a hora de cruzar os dedos aos da morte. Então vamos embriagados de vida por mais um dia que insiste em nascer. Dá aqui a mão que eu mal consigo andar...



27/05/2011, ignore a data aí de cima.