terça-feira, 7 de junho de 2011

Enfim, 18. Que seja doce.

Suspeito que seja eu. É, eu e todos esse esteriótipos de preferências que criei como forma de me defender de tudo aquilo que não é conveniente, que não agrada, que não me deixa no nível ou por cima daquilo que gosto ser. Porque, veja bem, eu já encontrei um montão de pessoas incríveis e mesmo assim continuo só.

Nem sei, as vezes tenho a impressão que todo mundo sofre das mesmas coisas, alguns calados, outros gritando e tomando porres e outros, como eu, escrevem. Sempre achei o escrever a forma mais bonita de se superar uma dor. Mas, de fato, tudo mundo reclama das mesmas coisas e nunca faz nada a respeito.

Isso sinceramente me irrita muito.

A verdade é que fazer dezoito anos está mexendo comigo. Estou escrevendo coisas desconexas, incoerentes e sem contexto, só porque escrever é o único modo em que eu consigo organizar alguns pensamentos - ou seriam tempestades?

E por mais que eu tente enganar o mundo, dentro de mim uma voz grita a verdade.
E dessa voz eu sinceramente não posso fujir.
Eu não estou preparada pra crescer.
Eu não QUERO crescer.

Porque, pelo que eu tenho visto, lido e sentido, crescer significa perder.  Perder a inocência, a ignorancia, as crenças, as esperanças. Significa que o mundo agora espera que você se adeque a ele. E eu sinceramente não quero me adequar nesse mundo de pessoas grandes, futeis, mesquinhas e suas infinitas coisas-importantes-que-na-verdade-só-importam-ao-egoismo-humano.

E eu gosto de desenhos, de comer doces até doer a barriga e de rir alto de uma bobagem. De olhar as nuvens, de abraços bem apertados e de me sentir protegida - de proteger quem eu amo também. Eu danço com os meus cachorros quando ninguém esta vendo, faço amizades com crianças na velocidade dos ventos de um tornado, choro quando vejos catastrofes. E eu sinceramente não quero perder nada disso só porque esperam que eu cresça.

Desculpa força que conspira o universo, mas
Enquanto eu puder, me recuso a deixar de ser criança.

Tudo que eu quero agora é que esses próximos dias sejam doces.
Que os 18 tenha cara de 5, não de 40.

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