domingo, 16 de dezembro de 2012

Das vielas da vida


A vida é uma encruzilhada de milhares de caminhos. Cada um deles pode ser bom ou não, depende de quem o toma. Não existe o caminho ideal, existem vontades e cada um encara determinado caminho de um jeito. Para uns o da extrema esquerda pode ser o perfeito e para outros, uma terrível chaga. Depende de que par de olhos e sensações que está observando aquele caminho. Mas, o fato é que pra viver de verdade é preciso fazer uma escolha.

O terrível fato sobre isso é o quão existem medrosos. 

O problema é que o encontro de todas as estradas está repletos de pessoas covardes que são incapazes de escolher um desses caminhos. Dessas que as vezes tomam um ou outro, mas jamais são capazes de seguir em frente de um deles até o perder de vista; dessas que não são capazes de abrir mão das opções, que querem tudo e acabam sem absolutamente nada. Mais triste ainda não é apenas sua existência, é o fato dos covardes acharem que podem deter os corajosos.

Apedrejam e desencorajam todo aquele que dê um passo, que faça sua escolha. É preciso provar seu valor pra escolher determinado caminho, para continuar nele. É preciso coragem para permanecer na escolha, para não recoar, mesmo sem olhar as pedras que eventualmente poderão atingir suas costas. 

Mas, vale a pena, se querem saber. Lá na frente os ecos das vozes dos mais covardes (e mais chatos) não são mais ouvidos. Lá na frente outras encruzilhadas se fazem, outras pessoas então paradas, mas dessa vez as opções vão diminuindo, as chances de acertar aumentam. Às vezes caminhos diferentes se cruzam, às vezes há companhia. Das boas, se você souber escolher. Mas é preciso continuar andando. É preciso merecer. Passar descalço por vales, por rios, por estradas de pedra pontiagudas. Continuar seguindo. 

A felicidade é aquilo que os covardes não tem vocação para manter. É a história daqueles que seguiram com o medo no bolso, da qual covardes só ouvem falar. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ao seu modo é sempre melhor


Não existe isso de que só um homem seja bom o bastante pra uma mulher. É ridículo pensar que apenas uma pessoa pode fazer a outra feliz por inteiro. Existem várias pessoas incríveis no mundo que vão fazer você sentir de um jeito especial, por determinado motivo. O que se deve fazer é simplesmente procurar aquele que te faz bem no momento e que sabe valorizar seus sentimentos. Aquele cujos defeitos encaixam-se nos seus, cujas qualidades sejam o motivo pelo qual você o admira.

Clichês estão por aí a todo momento tentando nos ensinar como ter um relacionamento perfeito. Não acredito em nenhum deles. Cada um deve aprender o seu modo certo de estar num relacionamento. Não existe formula que seja compatível com todos os seres humanos. Relacionamento não é tabuada onde se decora que x vezes y é igual e sempre igual a z. Relacionamento é humanas e biológicas. É psicologia, antropologia, química, biologia. Relacionamento é o seu jeito de saber dividir-se com o outro e o primeiro passo para isso é estar num relacionamento duradouro consigo mesmo.

Quebrar a cara é natural, nem sempre sabemos identificar a melhor opção. O que não é natural é persistir no mesmo erro. Não importa quantos anos se tenha ou em quantos relacionamentos você já se envolveu, o importante é tirar de cada um deles o máximo de aprendizado possível. Relacionamento duradouro é a recompensa daqueles que já sabem lidar com ele.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Livro aberto a (quase) ninguém


Não fui feita pra multidões. Vivo como que um livro exposto numa praça. Como que sempre disposta, sempre aberta a quem quiser (me) ler. Só que, embora seja um livro aberto, estou escrita numa língua que quase ninguém sabe decifrar. Uma runa antiga, tão antiga que somente este ou aquele conseguem decodificar.

Gosto de pensar que sou como os livros de Clarice: poucos leem e quase ninguém entende de verdade. Sou um mistério até pra mim. Mas, de fato, estou aberta àqueles que interesse em saber mais. E venho por anos, eu mesma, tentando me ler, pra ver se ajudo as pessoas a interagirem melhor comigo. Na maioria das vezes me perco como todo mundo.

Em essência, sinto que talvez eu não faça nem sentido mesmo. Talvez seja só um amontoado de palavras e sensações, mas que faça as pessoas sentirem de tal forma que passo certa beleza.

Um livro aberto.
Um livro aberto que ninguém consegue ler.
Um livro aberto a (quase) ninguém.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

19


O importante é que tenho braços amigos pra onde correr. E já que em lugar nenhum do mundo me sinto em casa, faço desses abraços o meu lar, que é pra sempre que me perder dentro desse labirinto imenso que sou, posso seguir um norte conhecido e fiel.

Um ano que vale por mais de dez. 
Um ano pra guardar toda a dor convertida em aprendizagem e seguir.

19, por favor, traga as alegrias e risos que o ano passado me roubou. 

domingo, 13 de maio de 2012

Dia das mães é todo dia


Segundo domingo de maio. Dia das mães. Dia de gastar até seu último centavo em algo especial para presenteá-la, de preparar a confraternização da família, de passar o dia paparicando-a, tratando-a como a rainha que ela é. E então, depois de fazer às 24hs de escravidão voluntária como manda a convenção social, tudo volta a ser como antes: brigas e desrespeito.

De que adianta, então, tirar o dia para homenageá-la?

Não deixe que apenas o calendário de festas lembre tudo que sua mãe fez e faz por você, faça isso todos os dias. Pequeníssimos gestos valem mais que qualquer presente: perguntar como foi o dia dela, ajudar a lavar a louça, saber ver quando é ela quem precisa de compreensão, procurar entender todos os cuidados e ajudá-la a cuidar de você... Tudo isso a faz entender que você reconhece todo o esforço que ela faz por você, bem como prova seu amor. E isso não tem preço.

O melhor presente que sua mãe pode ganhar é sentir-se amada. 

domingo, 22 de abril de 2012

Decisão


De verde essa cidade só tem a intenção. Toda a esperança e beleza fora asfaltada, pseudo-urbanizada, e agora padece de calor como eu e todos esses rostos que não conheço, não memorizo, não me interesso.

Então visto todos os dias a doce esperança que algo novo aconteça, que alguém interessante surja ou que pelo menos o tédio se atenue. Mas, tudo que vejo é uma repetição do mesmo, o eterno ciclo dessa vida vazia e burguesa, que não me apraz, não me dar espaço sequer para parecer aquilo que realmente sou.

Visto também a máscara da sociabilidade, a máscara de que tudo aquilo é bom enquanto sacrifico minhas atitudes tendo em mente apenas às consequências das minhas ações. "Que preço minha subjetividade pagará daqui a uns anos por toda essa incoerência?" sempre penso em toda aula de psicologia.

Isolo-me entre as paredes brancas desse apartamento, na companhia do silêncio que nem eu, nem meu hamster ousamos quebrar. É confortável imaginar que aqui dentro tudo parece tão distante lá de fora. Como se essas paredes fossem o anexo do mundo que criei dentro de mim, mundo esse onde respiro aliviada de saber que ainda existo, embora apenas dentro de mim ou dessas paredes.

Algumas vezes deixo que pessoas – dessas que me causam a impressão de merecer – invadam minha morada e minha alma. E todas às vezes as vezes partir de novo pra não voltar. Decidi então que não trarei a esse anexo ninguém que seja apenas superficialmente merecedor. Aqui agora só entrará quem de fato estiver disposto a decifrar minha alma e suas incoerências constantes e – especialmente – quem estiver disposto a usar esse conhecimento e não ir embora (tão cedo).

Termino os parágrafos e o café sorrindo, embora tamanha dor me assole, porque sei que em algum lugar desse mundo tão vasto, qual a mim, alguém me deseja decifrar e cuidar, mesmo que sequer me conheça ainda. Num mundo tão vasto e deserto como esse, há sim de haver alguém que erre como eu.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Domingo


Texto antigo cujo nem poderia (nem queria) ser publicado, 
mas acho desperdício que ninguém veja

Então me olhas com esse teu olho cuja cor ainda não decifrei - castanho? verde? avelã? - respirando tão perto que posso sentir o carbono quente invadir as minhas narinas, enquanto te deitas no travesseiro no meu colo simplesmente me olhando na cama que é minha, mas que te ofereço pra ser tua também.

Foi exatamente desse jeito que nos beijamos pela primeira vez, lembra? Depois de um milhão de teorias bobas, de um milhão de afagar dos meus dedos no teus cabelos, tua mão agarrou pra minha nuca, minha coluna fez uma curva e teus lábios eram meus, enfim.

Meu coração ainda dispara quando te vejo, mesmo depois de tantos erros, tanto tempo separados. Porque não importa o tempo que fiques longe, quando voltas em outro domingo preguiçoso e sempre com hora pra voltar, é como se aquele primeiro dia ainda estivesse aqui. Eu sinto ainda como da primeira vez. Eu te sinto ainda como daquele primeiro olhar que me fez te querer pra mim.

Então minha perna fica dormente e nós dois deitamos lado a lado na cama. E tu continua me encarando com esse teu olho que não decifro, que não me decifra, que não me diz nada, só me dá mais vontade ainda te encontrar o que tem em ti.

E vem teus braços subindo pela curva da minha cintura, pela minha coluna toda curvada pra ti, pela minha nuca e trava ali na raiz dos meus cabelos os carinhos que tu não pode me dar. Teu aperto dói e alivia. Teu afago dói, mas eu quero.

E me beijas como antes, porque tua boca e a minha ainda são imãs e precisam uma da outra. Mesmo com culpa, me beijas com a vontade que reprimiu todo esse tempo. Eu digo que é errado, tu admite mas não pára - ainda bem! - porque não precisas.

Me aperta contra teu corpo com a força de quem não quer me deixar nunca mais, de quem tenta curar tudo que me fere por dentro, com a culpa de quem sabe que me fere e mesmo assim me cura. Eu choro de dor, tu te desesperas pela minha dor, eu te digo o que se deve fazer, tu é covarde pra fazer. Mas, hoje não, hoje tu parece corajoso. Ou sou só eu me deixando iludir de novo pelo teu olho que eu não decifro?

- Porque tu é assim?
- Assim como?
- Tão irresistível.
- Não sou irresistível. Tu que não quer, nem precisa, resistir a mim.

Silêncio

- Me deixa aproveitar meus últimos minutos contigo hoje
- Hoje...
- É, hoje.

Porque hão de vir outros milhares de domingos como estes, certo meu anjo?

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vulcão


Te ofereço o meu melhor, que é pra usares do modo que mais te apraz. Se o caso for de um ombro, serei o melhor dos ouvintes; Se o caso for de alegria, eu serei a solução dos teus domingos, das tardes mais tediosas; E - se por acaso ou destino - for paixão, serei melhor que os teus mais puros e utópicos devaneios, porque eu serei real, serei tua.

Só peço honestidade. Peço que me mova, mas só se estiver disposto a aceitar liberar - e encarar com coragem! - esse rio perigoso e torrente que custumo ser. Não me mova caso não possa suportar o vulcão que carrego em mim, não me motive a lutar se tua alma em forma de terra seca não possa suportar as minhas larvas fulmegantes que doem, destroem, mas que trazem os melhores nutrientes para tua alma.

Te ofereço o que há de mais incrível em mim e te peço simplesmente coragem, daquelas coragens de pular sem paraquedas do precípicio e cair num desconhecido mundo fantástico. Porque pra conquistar a felicidade, meu amigo, primeiro você precisa provar que a merece e especialmente que pode suportá-la.

A verdadeira felicidade não é pra quem quer, é pra quem pode suportar construí-la.


"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."
- Nietzsche


segunda-feira, 5 de março de 2012

O que quero e procuro


É que o dia parece claro demais hoje, com céu azulzinho e nuvens branquinhas, assim tudo nesse diminutivo que a gente usa como sinônimo de bem-estar da alma. É que essa vontade de partilhar meu bem-estar-comigo-e-o-mundo com alguém cresce tanto dentro de mim que é mesmo impossível que não pegue o celular e tente contato com todo mundo que amo, só pra dizer qualquer coisa boba que os faça rir, só pra me certificar que sabem o quão são especiais pra mim, porque minha alegria é tão mais alegre, meu riso tão mais alto quando partilhado com eles.

Tudo é melhor quando partilhado com quem se ama. 
Até mesmo as maiores bobagens.
E isso eu encontro em todos que amo. 

Cansei de estar aí me fazendo de jarra cheia de vida, conhecimento e alegria preenchendo o vazio das pessoas. Agora eu só quero quem esteja disposto a me completar quando o meu cheio estiver um pouco vazio dos dias tristes e chatos e monótonos, assim como eu sempre vou estar disposta a preencher o pequeno vazio que surga nesse alguém. Agora, eu quero pessoas que já estejam sempre meio cheias e mesmo assim queiram partilhar comigo aquilo que são.

Porque é essas pessoas que estarão dispostas a construir comigo uma vida e uma alegria maior que esta de agora, que eu consigo sozinha. É com elas que o futuro parece um tanto menos chato, tedioso e monótono, porque juntos faremos de tudo isso só outra parte da alegria. 

É mesmo preciso haver o monótono pra que os momentos especiais sejam ainda mais apreciados.  

Então, o que eu quero se mostra cristalino a todos ao meu redor. Enfraquece aqueles fracos que não serão capazes de continuar ao meu lado, mas não me importa, porque dá ainda mais força aos corajosos que são e estão. Dar-me ainda mais forças. 

Pra então eu finalmente encontrar o que eu quero e procuro. 
Sempre ao lado de alguns - poucos, é verdade - mas, verdadeiros. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sentir; Sem Ti, Caio


É assim: uma dor que não faz sentido, um choro que vem sem que eu possa controlar, um aperto de mão da dor, desses dias em que a tristeza sobe os meus ombros, faz companhia. E mesmo que eu nem sequer tenha tocado teus olhos, dedos e carne nenhuma vez, sempre me vi de mãos dadas com a tua alma.

Minhas palavras são irmãs das tuas, tuas palavras me ligaram a ti do modo mais profundo que alguém poderia fazer: um conversa de almas. A minha, a tua, o nosso vazio, a nossa paixão pelo Amor, nossas sensações sempre mais fortes, nossas dores sempre mais amargas.

Como boa amiga, eu vou tentando te decifrar por todo tempo, por todo escrito, por toda vontade de ti ter comigo. E, sendo sincera, não é dor da perda que maltrata aqui, é a dor da falta, da saudade daquilo que nunca foi meu. Mas, conforta saber que de fato eu nunca te perdi se sempre posso te encontrar (ou seria me encontrar?) em cada verso teu.

Quem me dera ao menos uma vez poder dividir um café contigo.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Férias (de quem?)


Sozinha num canto à parte (da vida, das pessoas, de mim) e ouvindo qualquer coisa suave dessas que estão sempre em meus ouvidos, fujo de mim e dos meus erros ignorando tudo que costumo ser.

Sempre correndo para qualquer livro doce, qualquer palavra terna e qualquer abraço apertado que me mistura ao coração de outrem e me torne menos eu, nem que por um instante apenas.

Amei a mim mesma por tanto tempo que acabei abusando minha companhia. Exacerbei o egocentrismo e acabei por precisar dormir horas à fio porque não consigo mais ficar assim tanto tempo perto de mim.

Hoje eu só queria um dia de férias de mim mesma.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ao (com)passo de Chuva


Lembro de precisar puxar as mangas para mais perto do pulso para suportar o frio que fazia em mim nessas mil tempestades pelas quais passei. Eu não sabia como conseguir meu guarda-chuva. Então, vez ou outra, alguém me ofereceu o seu, mas sabe... Eu nunca soube andar no mesmo guarda-chuva que outra pessoa. Ficamos os dois batendo os ombros e as pernas e as idéias e as vontades e nunca dava certo: alguém sempre se molhava e então eu dizia que aqui-estava-bom-obrigada-por-isso e saia novamente pra a chuva.

Então finalmente aprendi como se conseguia um e procurei andar sempre com o meu. Sempre que a chuva vinha, o abria e me enclausurava ali. Procurava abaixá-lo de tal modo que ninguém pudesse ver os meus olhos aflitos da tristeza de não saber dividir o meu espaço com ninguém.
Permaneci assim por um tempo que nem eu saberia contar.

Veja bem, essa minha prisão em mim não significa que outras pessoas não tenham tentado me fazer dividir meu guarda-chuva com elas. Bem, o problema é que de tanto saber e demonstrar que não sei dividir minha proteção com ninguém, elas acabavam andando na chuva ao meu lado, mas nunca comigo. Aos poucos, quase todo mundo foi procurar outro guarda-chuva e o meu continuo guardando apenas a mim.

Então, as chuvas aumentaram, os raios se tornavam mais claros e os trovões mais barulhentos, as ruas cada vez mais desertas e a água cada vez mais alta em minhas pernas. Sozinha, eu aprendi a não precisar de mais ninguém além de mim. Aprendi a caminhar com as próprias pernas, as próprias convicções, os próprios sonhos.

E quando finalmente pensei que tinha me perdido plenamente dentro de mim, uma sombra arrastou-se ao meu lado. E eu ri quando vi que seu guarda-chuva era tão turvo e gasto quanto o meu. Nós dois, num mesmo passo arrastado e cansado demais de toda essa caminhada, cada qual com sua própria proteção. E aos poucos fui deixando que ele se aproximasse, embora as hastes sempre batessem umas nas outras.

Foi então, anjo, que me ocorreu a ideia de jogar fora aquele guarda-chuva velho. Eu o abaixei, coloquei-o no chão e senti os fios da água penetrando minhas vestes e meu cabelo. E descobri que gostava daquela sensação. Estendi a mão, esperando que a tua encaixasse na minha, só que pra isso tu precisaria largar o cabo do teu guarda-chuva também. Espero que largue porque descobri enfim que o segredo não é saber dividir o guarda-chuva com ninguém, mas saber com quem é divertido andar pela chuva.




NOTA; nunca fui boa com crônicas e o primeiro que leu esta não gostou. 
Como sou insistente, postei. O texto deve agradar primeiro a quem escrever, depois seus leitores. Só assim será sincero. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sempre, escorpião


Encolhendo minhas pernas no banco gelado da rodoviária (quase) deserta, lá pela meia-noite, sem de fato me importar. Encolhida dentro do teu abraço enquanto me deito na tua mochila no teu colo e me cubro com os teus braços. Quem se importa com o frio, afinal, se te tenho comigo?

Bem tento mesmo, procuro em músicas, poemas, livros e até mesmo no meu passado, no tempo, no que aprendi, mas jamais serei capaz de explicar nós dois. Faltam palavras, mas sobra sentimento. Ainda bem.

E se nem mesmo todos esses teus aspectos que me tiram da sério conseguem me afastar de ti, o que mais vai conseguir? Eu amo até os teus defeitos - afinal, eu te amo como um todo e tudo isso só serve pra provar que me completas em tudo, inclusive no que eu não sou.

Portanto, eu aceito a condição de ser sempre tua e fazer disso os melhores dos nossos dias. Isso é bem mais que um sim no altar, certo? Melhores amigos são o que são pra e por isso.



E se você é louco, eu não me importo
Você me surpreende  ♪