quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um Lugar pra chamar de meu, pra chamar de lar


Não gosto nem de olhar pra minha mala num canto - ela sempe parece me dizer que é uma hora ou outra, será a hora de partir. É sempre assim. E eu que nunca consegui me prender a (quase) nada, de repente via minha alma gritando por algum lugar que fosse meu, que eu não precisa deixar como todos os outros que deixei.

Onde estou não parece ser esse lugar.
Porque, apesar de conter tudo que sempre quis, nada aqui me atrai de verdade.
Como ter tudo que sempre desejou e descobrir que não quer mais nada daquilo.

Estou começando a cansar dessa vida de ser uma eterna turista, de ser efêmera, passageira em uma ou outra vida, cidade, lugar, estação. Comecei a desejar estar num lugar e me sentir pertencente a ele. Mas, acho que já é tarde demais, porque as luzes difusas da noite estão se acendendo e uma gota nojenta de suor escorre por trás dos meus cabelos, enquanto eu desejo outra coisa. Qualquer coisa, desde que faça parecer ser minha. Ser eu.

Tenho saudades daquilo que nunca conheci.

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