E quando você vê as coisas já foram feitas e só resta catar pelo chão os restos da sua dignidade e encarar seus erros de frente, de peito, com coragem. Encarar que não existe máquina do tempo, nem reversor de bobagens e muito menos alguém pra te defender agora, exceto você mesmo.
Não sei você, mas eu costumo procurar sempre um jeito de ser a dona da razão. De fazer meu erro não parecer tão grave assim, de tentar convencer todo mundo que aquilo não é assim tão mal. Mas, na verdade, eu estou só tentando provar pra mim mesma que aquilo não é assim tão mal.
Porque eu me sinto confortável dentro do meu perfeccionismo, percebi à algumas horas. Apesar de isso me matar um pouco à todo instante, eu gosto. Chame de masoquismo, não importa, é como eu me sinto, ponto final. Eu gosto de me ter sob meu próprio controle.
E o mais importante sobre errar, é que quando você erra feio de verdade, de repente todos os outros erros também ficam claros e em meio à toda a auto-depreciação, você acaba vendo mais claramente as coisas e dando um jeito em toda aquela bagunça. Seja porque querer remediar o irremediável ou porque é isso que se deve fazer, ou porque assim as coisas não parecia tão ruins.
Sinceramente, todo esse otimismo recém-adquirido tem me feito bem. Ajuda a ver as coisas com um tanto mais de clareza. Nunca me senti tão não-plena de mim, mas enquanto eu não sei exatamente quem sou, eu posso ir inventando, posso ir errando, posso ir aprendendo. Viver é isso, certo?
Eu nunca quis voltar no tempo.
Eu nunca me arrependo do que fiz.
E eu sinceramente estou mentindo.
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